Enquanto o mais famoso dos romances sobre a República de Weimar – Adeus a Berlim, de Christopher Iserwood, que originou a peça e, depois, o filme Cabaret – não é relançado, seguem-se bons romances sobre esse regime da Alemanha entre 1919 e 1933.
O crime do bom nazista. Samir Machado de Machado. Todavia. 2023.
O livro se passa em Berlim em 1933, entre o fim da República de Weimar e a tomada do poder pelos nazistas, e sobre o Brasil, entre Recife e o Rio de Janeiro, a bordo do dirigível Graf Zeppelin. Um romance policial com temas como a homofobia, o anti-semitismo e o fascismo e, como praxe, com uma reviravolta surpreendente no final.
O templo. Stephen Spender. Editora 34. 2019.
Uma mistura de ficção e memória, baseada nas experiências do autor na Alemanha da República de Weimar, um período de grande liberdade de costumes e de ascensão do nazismo. O protagonista, Paul Schoner, é um jovem poeta inglês que viaja para Hamburgo em busca de aventuras amorosas com outros homens. Lá, ele conhece os amigos Simon Wilmot e William Bradshaw, pseudônimos dos escritores W. H. Auden e Christopher Isherwood, respectivamente. Juntos, eles exploram a vida noturna da cidade, frequentando bares gays e se envolvendo com diferentes parceiros. O romance narra as descobertas sexuais e literárias de Paul, bem como as tensões políticas e sociais que se intensificam com a crise econômica e a ascensão do partido nazista.
Berlim. Jason Lutes. Veneta. 2020.
A história em quadrinhos Berlim, de Jason Lutes, é uma obra-prima da narrativa gráfica que retrata a vida de diversos personagens reais e de ficção na capital alemã a partir de setembro de 1928. Através de um estilo realista e detalhado, Lutes mostra as transformações políticas, sociais e culturais que marcaram a ascensão do nazismo e o fim da República de Weimar. Berlim é uma saga épica que combina história, drama, romance e arte em 600 páginas de pura emoção.
O último homem em Berlim. Gaylord Dold. Best Seller. 2006.
Um romance policial que conta a história de Harry Wulff, um detetive que investiga uma série de assassinatos brutais cometidos por um psicopata no caos e da violência do final da República de Weimar. Wulff enfrenta os avanços dos nazistas para dominar a polícia e as intrigas, e traições de seus colegas e superiores, que têm interesses obscuros e conflitantes. O livro é um retrato sombrio da Berlim de 1930 a 1932, onde o medo, a loucura e a morte dominam todos.