Maneiras de ser. James Bridle. Todavia. 2023
É uma obra que explora as diferentes formas de inteligência que existem no mundo, além da humana. O autor defende que precisamos ampliar nossa imaginação e reconhecer a interconexão entre todos os seres vivos e as tecnologias que criamos.
Bridle apresenta o problema da crise de imaginação que afeta a humanidade e que está por trás das crises ambientais, sociais e políticas do nosso tempo. Ele argumenta que nossa tentativa de dominar a natureza e usá-la para nosso benefício gerou uma separação entre o humano e o não humano, e que isso nos impede de compreender a complexidade e a diversidade do mundo.
Propõe uma solução para essa crise: descobrir uma ecologia da tecnologia, que reconheça as outras maneiras de ser, existir e produzir inteligência que estão presentes nos animais, nas plantas e nas máquinas. Ele mostra como podemos aprender com essas outras formas de vida e como podemos usar a tecnologia como uma parceira na nossa exploração do mundo, em vez de uma ferramenta de controle ou destruição.
Bridle ilustra sua proposta com exemplos de seus próprios experimentos artísticos e científicos, como o carro autônomo que ele montou e treinou, e que revela as limitações e possibilidades da inteligência artificial. Ele conclui que precisamos reconciliar nossas façanhas tecnológicas e nosso senso de excepcionalidade humana com uma sensibilidade terrena e um reconhecimento atento da interconexão de todas as coisas.
Frase:
“(Turing) estava preocupado menos em saber se uma máquina podia ser inteligente e mais em saber se éramos capazes de imaginar uma máquina inteligente.”